Como validei um MVP, captei clientes e recebi um aporte 💰 em 10 semanas
Você não precisa seguir o playbook à risca, mas essas são premissas imprescindíveis para você ter sucesso no seu novo produto.
👋 Sou a Thais Sterenberg, e essa é a edição #42 da news AutoGrowth.
Aqui eu compartilho os principais “hacks” para acelerar o crescimento profissional.
Se você chegou agora, inscreva-se assim como os outros 1090 leitores que já usam técnicas de Growth para acelerarem suas próprias carreiras.
Eu sei que eu sumi nos últimos tempos, mas o motivo é bom e eu posso provar, rs.
Pra fazer acontecer o que eu escrevi aqui no título dessa edição, tive que repriorizar algumas coisas. Uma delas foi a news. Faz parte.
Mas calma.
Não tá entendendo nada do que eu tô falando? Nem sabia que eu criei uma empresa? Então pega seu cafezinho e vem comigo, que a história é boa ☕️
Há seis meses, eu co-fundei a Elephan.ai, uma plataforma de Revenue Intelligence (termo chique pro uso da inteligência de dados focada em aumentar sua receita, vulgo, #growth).

Basicamente, nós ajudamos empresas a otimizarem suas receitas com base em dados de comunicação combinados com a jornada de vendas, como reuniões, mensagens de whatsapp e interações com potenciais clientes.
Na prática, o que nós fazemos:
Munimos times de Growth, Vendas e Customer Success com informações relevantes para tomarem decisões mais inteligentes, entenderem o que funciona com seus clientes e acelerarem sua conversão de vendas.
Usamos IA para colocar o cliente no centro e extrair o máximo potencial de uma boa construção de relacionamento (escalando algo que funciona no 1:1, sem perder a personalização).
Eu tô tendo a oportunidade de materializar tudo que eu sempre acreditei ser necessário para fazer a gestão do crescimento dos negócios onde eu trabalhei.
Por isso, quero contar a história do que estou fazendo junto com um time fora da curva: estamos materializando o growth na prática.
Como tudo começou?
Semana passada eu fiz esse post aqui no LinkedIn, onde contei que o MVP* da Elephan foi feito e lançado em pouco mais de 1 semana.
*(mínimo produto viável, aquele feito para validar nossa tese)
Sei que esse prazo é extremamente curto aos olhos do mercado, então, foi um post que chamou a atenção e deu uma repercussão boa.
Afinal, um MVP geralmente leva meses, ou até anos.
E a bibliografia do Growth nos diz que só devemos investir em crescimento depois de ter total certeza que atingimos o tão esperando Product-Market Fit*.
*(ou seja, depois de termos certeza de que existe uma demanda relevante que compraria e amaria nosso produto)

O ponto é que fizemos tudo muito rápido, por isso, o pessoal do LinkedInho pediu pra eu aprofundar e contar as premissas que seguimos para validar nosso produto (o que se tornou o motivo perfeito para eu retomar a news!).
Como falei no post, o mercado não espera.
Isso significa que, quanto mais rápido você entende o que funciona (e o que não funciona) no seu produto, mais rápido pode crescer.
No caso da Elephan.ai, conhecemos, validamos as dores, construímos a visão de negócio e produto, lançamos o MVP, fechamos clientes pagantes e recebemos um aporte em, literalmente, 10 semanas.
10 semanas são 2 meses e meio.
Por mais que eu esteja focando bastante na velocidade, isso não significa que optamos deliberadamente por “fazer qualquer coisa só pra colocar na rua logo”.
Agilidade sem método é um tiro no pé.
Eu e meu sócio Henrique seguimos um processo claro para validar nosso MVP, que foi pra rua nesse tempo recorde.
Essas foram as premissas e os “hacks” que usamos pra acelerar o processo de validação do nosso produto 👇
1️⃣ Elencamos e priorizamos hipóteses
Elencamos hipóteses a partir da nossa experiência de mercado, das conversas e entrevistas que fizemos, e claro, do que nós tínhamos vontade construir.
Essas hipóteses eram as dores que acreditávamos ser reais e grandes o suficiente, e as possíveis soluções que poderíamos criar para elas.
Priorizamos três dores:
Dificuldade para compilar e organizar informações sobre leads;
CRMs que todo vendedor perde um tempão preenchendo;
Falta de dados confiáveis para que gestores tomassem decisões melhores.
#hack:
mergulhamos em dores e num mercado que já conhecemos, vivenciamos e dominamos, o que acelerou muito o processo.
Nós conhecemos as pessoas certas, e temos contexto o suficiente pra ter alta confiança de que cada dor era real, e que os meios para resolvê-las de fato fariam sentido.
Navegar num mar conhecido agiliza o caminho 🌊🛳️
2️⃣ Um MVP simples que abraça uma dor inteira, não parte dela
Decidimos focar no essencial: garantir que as informações de uma reunião fossem organizadas no CRM de forma automática. Por isso a funcionalidade principal do nosso início foi a gravação e organização de calls, já integradas no CRM.
Esse MVP tinha cara de produto, resolvia uma dor de forma simples, e tinha grande potencial de ser nossa primeira alavanca de receita e penetração no mercado.
#hack:
Pense sempre na dor como um todo, não apenas em resolver um pedacinho dela. No nosso caso, a integração com o CRM ser lançada logo na largada nos deu muita vantagem vs. possíveis concorrentes que focavam só no resumo da reunião.
3️⃣ Validamos o curto e o longo prazo
Só isso não se bastava pra validar uma tese de negócio - nossa visão ia muito além da gravação de calls integrada no CRM.
O que validamos no ponto anterior foi um produto com potencial de entrada no mercado, mas que ainda era uma funcionalidade simples.
Mas para criar um negócio sustentável e escalável, precisávamos validar a tese de um produto completo.
Por isso, elencamos outras duas funcionalidades que, no MVP, ainda entregavam valor de forma mais imatura e manual, mas ainda assim validavam se o mercado de fato teria apetite para o que estávamos desenvolvendo.
Incluímos: o enriquecimento de leads e a geração de relatórios com cruzamento de dados quantitativos (do CRM) com qualitativos (das conversas)
Não se engane: nem eu gostava, ou usaria, essas outras features do jeito que elas estavam no MVP 🫥. Elas estavam realmente simples e ainda não conseguiam resolver a dor real ali.
Mas o papel delas não era gerar receita num curto prazo - era validar o quanto as pessoas de fato precisavam de algo nessa linha.
Ao entregar aquela primeira versão na mão das pessoas, a reação era justamente a que a gente queria:
“Adorei a ideia! Mas na prática…”
E tudo que vinha depois do “Mas” era o verdadeiro ouro, que norteou nosso roadmap no curto prazo.
#hack:
resolva uma dor por completo (da forma mais simples), e não deixe de validar sua visão de futuro. Ela não vai ser amada pelo usuário, mas os feedbacks sobre ela vão ser o termômetro para ver se você está num caminho que se sustenta no longo prazo.
4️⃣ Tornamos visível a proposta de valor
Pode parecer óbvio, mas de longe não é o que se vê nos produtos em validação.
Muitos MVPs não entregam de fato a proposta de valor. Eles prometem, mas não entregam.
E aí o problema aparece, porque o cliente não entende de fato porque aquilo pode ser bom pra ele.
O cliente precisa conseguir vivenciar uma proposta de valor inicial no seu MVP, não apenas imaginá-la.
Não recomendo colocar um produto na rua em que você só conta a sua visão, mas ele não dá um gostinho do que você vai entregar no futuro.
Ou seja, o MVP (como o próprio nome diz) precisa ser um produto, não uma ideia. As pessoas precisam conseguir usar e incluir na rotina.
#hack:
nós treinamos a IA pra que ela já tivesse contexto do que é uma boa venda, assim o conteúdo dos resumos de reuniões sempre foi excelente, desde o dia 0. Isso fez com que as pessoas percebessem valor no produto, e diferenciação diante da concorrência.
Esse valor percebido, somado a uma camada de personalização para os primeiros clientes entenderem como poderiam usar a Elephan, e impulsionado pelo que contamos sobre nossa visão de futuro, atraiu clientes pagantes realmente rápido.
Dica bônus: use a IA a seu favor no seu processo de validação 🤖
Nós usamos IA em tudo por aqui. Não só embarcada no produto, mas também como apoio na validação de cada feature, nos discoveries, no desenvolvimento, na hora de compilar dados…
As próprias pesquisas que fizemos foram todas processadas e organizadas com a ajuda da IA (inclusive, hoje em dia a própria Elephan faz isso pra gente).
Foi assim que validamos rápido, aplicamos feedbacks, fechamos dezenas de clientes pagantes e recebemos aporte (não necessariamente nessa ordem 😅)…
… Tudo em 10 semanas.
(a história do aporte eu não contei, mas se vocês quiserem saber como captamos tão rápido, pode ficar pra um próximo artigo - é só responder esse artigo ou comentar aqui!).
Esperar o “momento certo” é um luxo que startups não podem se dar.
A validação real só acontece no mercado, e não na teoria.
Quer testar a Elephan 🐘? Agende um papo aqui que vamos te apresentá-la!
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Muito bom! Geralmente temos a tendência de complicar as coisas, mas ter esse desapego e ser intencional em cada etapa, faz toda a diferença!
Com certeza quero ouvir essa história do aporte 🐘