Trabalhe menos, conquiste mais: como eu maximizei minha produtividade fazendo o que eu amo
🎯 Parece fórmula mágica, mas não é: veja como encontrar seu maior talento, fazer o que ama e conquistar muito mais resultados
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Sou Thais Sterenberg, e esse é o lugar onde eu te conto os meus aprendizados sobre crescimento de carreira. Já são mais de 10 anos de mercado, 6 anos liderando times, e um M&A para a conta.
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Vou te falar a real. Eu passei muitos e muitos dias da minha carreira arrastando tarefas, sentindo que estava desperdiçando energia em atividades que eu não gostava, ou que não me desafiavam.
E não é que meu trabalho era chato, pelo contrário. Trabalhei em empresas incríveis, com desafios complexos e que entregavam valor real para os clientes.
Mas às vezes eu sentia que não conseguia ser produtiva, e aí não entregava um trabalho do qual eu realmente me orgulhava. E isso me corroía por dentro!
Eu não conseguia entender porque não estava feliz. Eu trabalhava na área que eu gosto, com assuntos que eu gosto. Por que eu estava tão cansada e improdutiva?
E aí, o que acontecia quando eu entrava nesse “limbo” de produtividade, é que eu ficava ansiosa para fazer alguma coisa diferente, aprender uma coisa nova, fazer mais um curso mirabolante, ou sentir que estava progredindo de alguma forma que seja.
O fato é que eu sempre trabalhei e estudei mais que a maioria das pessoas, em termos de volume de horas dedicadas. O que só me deixava mais irritada, porque não estava vendo o retorno dessa dedicação toda. Esse monte de coisas só drenava minha energia, me desgastava e piorava a qualidade do meu trabalho.
Bom, eis que fui investigar o que é que estava acontecendo comigo.
Em vez de fazer cursos mirabolantes, escolhi fazer duas coisas: terapia 😂 (ou seja, autoconhecimento!) e conversar com pessoas que viviam num contexto semelhante ao meu.
Foi então que eu descobri os três fatos que transformaram a maneira que eu trabalho e uso meu tempo - e que resolveram boa parte do problema.
😵1. Essas são as três razões pelas quais você pode estar frustrado e improdutivo
Eu conversei com muita gente. Acabei mentorando muitas dessas pessoas ao longo do tempo também. E descobri que o que eu estava vivendo era mais comum do que eu imaginava.
O fato é: é normal não gostar de 100% das suas tarefas e frentes de trabalho, ou se cansar por uma ou outra reunião sem sentido.
Mas se sentir estagnado, ansioso, improdutivo ou frustrado constantemente não deveria ser sua realidade diária.
E isso pode ter três principais razões (ou mesmo todas elas juntas):
Você não está se organizando direito, e está com mais responsabilidades do que consegue absorver;
Você está inseguro, e com a autoconfiança abalada, a gente procrastina e paralisa, e aí fica ansioso porque deixou de entregar um monte de coisa;
Você está dedicando energia pras coisas erradas, ou seja, escolheu dedicar seu tempo para o que não te retroalimenta emocionalmente, apenas racionalmente. E essas, geralmente, são coisas onde a gente não manda tão bem assim.
Se seu problema é só o ponto 1, vamos combinar que tá fácil de resolver. Pega o Notion ou outra ferramenta de organização, cria sua task list e investe na sua disciplina. Aqui o Moacir Moda traz uma ótima estratégia para você se organizar e ter uma rotina produtiva.
Mas o ponto é: foram pouquíssimas as pessoas que eu mentorei cujo principal problema era só se organizar melhor.
O principal problema era que essas pessoas não faziam ideia de onde elas realmente mandavam bem. E aí elas viviam com uma lista de tarefas interminável que não dava tesão nenhum de fazer, ficavam inseguras e não conseguiam crescer na carreira.
E aí eu te pergunto: você sabe onde você realmente manda bem?
Você sabe quantas horas do seu dia você passa fazendo aquilo que você é realmente muito bom?
Quando eu descobri isso, foi aí que o jogo mudou. Eu criei consciência sobre como eu gasto minha energia.
Eu passei a dedicar mais horas para o que eu, não só, gosto de fazer, mas onde eu entrego realmente um trabalho excepcional. Aí sim eu comecei a ser eficiente, entregar melhores resultados, e o mais importante, eu fiquei muito mais feliz com meu dia a dia de trabalho.
💸 2. Você provavelmente está sendo pago para fazer algo que não é o que você manda melhor
Trabalhar em empresas, principalmente startups, é assim: você faz um pouco de tudo, e suas tarefas mudam constantemente. A partir do momento em que você se torna líder então, começa a ter que resolver coisas que você nem imaginava que seriam necessárias.
E aí você passa a ter que dedicar energia pra diversas coisas que você provavelmente não faz tão bem, mas tem que fazer mesmo assim.
O problema disso é que situações como essa ocultam suas reais habilidades, aquelas que você nasce com e nem percebe que tem. E ficar sempre fazendo coisas que não usam essas habilidades o tempo todo… cansa.
No livro The Big Leap: Conquer Your Hidden Fear and Take Life to the Next Level de Gay Hendricks, ele fala sobre a relação entre realização e sucesso, duas coisas que, pasme, são dificílimas de conseguir ao mesmo tempo.
E por mais clichê que seja, o livro fala sobre quão importante é encontrar "sua vocação" na carreira. Ele menciona uma técnica chamada "The Zone of Genius" ou zona de gênio, que pode tornar suas horas de trabalho mais agradáveis, e gerar muito mais valor para você.
Segundo ele, a tal Zona de Gênio é a combinação de características únicas que te permitem fazer certas coisas melhor do que qualquer outra pessoa. Geralmente, é uma junção dos seus talentos naturais e das suas paixões.
O mais interessante é que ele comenta sobre quão difícil é enxergar essas habilidades como os seus talentos únicos e especiais, simplesmente porque são tão naturais que você nem percebe quão excelentes e diferenciados eles são do resto das pessoas.
Foi aí que veio o meu “a-ha” moment durante todo o meu estudo pra resolver minha vida e meu trabalho: se eu descobrisse minha “zona de gênio” e ampliasse o tempo dedicado para fazer coisas dentro dessa zona, eu não só faria um trabalho muito melhor, mas também terminaria meus dias muito mais feliz e realizada.
🧐 3. Como descobrir esse seu talento oculto que te torna único
É ótimo ver histórias de sucesso o dia inteiro no Instagram e no LinkedIn, né? E aí a gente olha pra si e fala, não é possível que essa galera consegue e eu não.
E se você, assim como eu, é um profissional ambicioso, em busca de crescimento na carreira, você com certeza fica com siricutico de ver que não está conseguindo fazer o que gostaria.
Ou pior: nem sabe o que gostaria de estar fazendo.
Quando eu pergunto para meus mentorados sobre "Por que você faz o que você faz todos os dias?”, a resposta que vem primeiro na cabeça das pessoas é sempre relacionada a dinheiro.
E sim, eu sei! Dinheiro é ótimo e todo mundo gosta. Mas ele deveria ser consequência do gasto do seu tempo, e não objetivo. Tem uma diferença sutil, mas muito importante aí.
Afinal, sei que é clichê, mas dinheiro a gente acha, tempo não.
Então, recomendo fortemente que você use bem seu tempo. Para isso, encontre esse tal de talento oculto, zona de gênio, ou qualquer outro nome que reflita no que você realmente manda bem. Como?
Vou parafrasear o Gay Hendricks aqui, ok?
Existem quatro zonas diferentes em que você pode encaixar suas tarefas e gasto de tempo diário: incompetência, competência, excelência e genialidade.
1. Zona da incompetência:
Aqui estão as tarefas que você simplesmente não sabe fazer e que seria melhor deixar para outra pessoa. Por exemplo, consertar um carro. Se você, como eu, não faz ideia de como um carro funciona, obviamente vale mais a pena você chamar um mecânico, senão a chance de piorar o problema ou de você gastar um tempo enorme e não resolver nada, é gigante.
2. Zona da competência:
A competência é a zona das coisas que você consegue fazer, mas outra pessoa certamente faria melhor. No meu caso, um bom exemplo é operar uma campanha de mídia. Eu conheço todos os conceitos e ferramentas, mas com certeza não sou a pessoa ideal para isso. Tomaria muito mais tempo, eu ficaria irritada por não conseguir fazer direito, e o resultado com certeza não seria excepcional. Nesse caso, é mais inteligente delegar essa tarefa a alguém e investir sua energia em algo que realmente faça a diferença.
Parece óbvio, mas ainda vejo muita gente insistindo em resolver coisas que simplesmente fazem mais sentido delegar para alguém.
3. Zona da excelência:
A excelência é aquilo em que você é bom, mas que não necessariamente ama fazer.
É uma zona perigosa, pois geralmente envolve as atividades pelas quais as pessoas te contrataram. Ela costuma estar naquilo que você adquiriu experiência a vida toda pelo rumo que sua carreira foi tomando, então você entende muito bem do assunto, mas não necessariamente ama.
Por ser o que as pessoas esperam que você faça, e que você faz bem, você recebe bons feedbacks. Você está criando valor, mas essa atividade pode drenar sua energia. Além disso, quando você se prende apenas a isso, não tem espaço para ser tão criativo e gerar um valor massivo.
E aí é importante avaliar se você realmente precisa continuar realizando essas tarefas, ou se é possível encontrar alternativas que permitam que você continue fazendo (se quiser), mas otimize seu tempo para canalizar sua energia de maneira mais assertiva.
4. Zona da genialidade:
Por fim, temos a genialidade (eu acho esse termo meio pretencioso, mas vou usá-lo aqui porque é o que diz a teoria).
Essa é a zona em que você é verdadeiramente único no mundo, e nem mesmo percebe, pois ama fazer o que faz. Quando você encontra aquilo que é sua genialidade, sua paixão, algo que você faria mesmo sem ser pago, é aí que sua energia flui de forma natural e você se destaca. Identificar essa área é a chave para que você possa direcionar seu foco e energia para alcançar resultados extraordinários.
🎯 Como eu usei essa teoria na prática, e ela me ajudou a chegar onde cheguei?
Eu sei que tem os céticos de plantão que estão pensando que essa tal Zona de Gênio é uma grande utopia.
Mas eu (e todos os meus mentorados) somos a prova viva de que você pode sim usar esse conceito para melhorar sua produtividade, eficiência, realização, e consequentemente crescer na carreira.
Não estou dizendo que agora você vai encontrar o mapa do tesouro e ficar rico fazendo o que ama (ainda! rs mas calma, um passo de cada vez).
Existe uma estratégia simples para você começar a identificar as zonas em que se encaixam cada uma das suas horas do dia.
Passo a passo para encontrar sua zona de genialidade:
Imprima duas semanas do seu calendário. Anote o que você realmente faz em cada período, considerando tarefas, lazer, trabalho, reuniões. Descreva de fato o que aconteceu em cada uma dessas horas. E então, pergunte a si mesmo como você estava durante esse período, e como ficou quando terminou.
Você se sentiu bem? Neutro? Cansado? Animado?
Faça um farol, e marque com verde se ficou com mais energia, vermelho se estiver com menos do que antes, e amarelo nos momentos neutros, se não sentir nada significativo.
Tome o tempo necessário para realmente entender o que está drenando sua energia e o que a está alimentando. Para as partes amarelas e vermelhas, faça as seguintes perguntas:
Essa tarefa realmente precisa ser feita por mim?
É algo que pode ser delegado? Se sim, delegue.
É algo que precisa ser feito e apenas eu posso fazer? Nesse caso, como tornar essa tarefa muito produtiva e otimizada para que ela não drene tanto a sua energia?
Por fim, como consigo incluir mais itens verdes na minha rotina?
Ao fazer essa análise, você será capaz de identificar onde está gastando sua energia de maneira ineficiente e eliminar essas atividades que não agregam valor. Isso abrirá espaço para que você possa se concentrar no que realmente importa e no que te faz brilhar.
E aí ouço de novo as vozinhas dos céticos falando “Mas Thais, eu gosto mesmo de assistir série, passear com meu cachorro e viajar - onde eu encontro minha zona de gênio aí?”.
O ponto é que sua genialidade não precisa estar em uma habilidade técnica. Pode estar nas suas habilidades comportamentais, e nas suas paixões.
Vou te dar o meu exemplo (prometo ser breve):
Eu nunca gostei de esportes. Achava completamente inimaginável como alguém iria gostar de ficar horas suando e se esforçando. Quando eu tentava, era péssima e claramente isso estava na minha zona da incompetência.
Aí eu percebi que precisava ser mais saudável, porque com 20 e poucos anos já estava cheia de dores, e minha qualidade de vida estava ficando ruim. Coloquei uma meta: encontrar algo que eu realmente gostasse de fazer, e disciplinar meus dias para fazer isso sempre.
Não foi simples, mas eu finalmente comecei a fazer esportes todos os dias, comer direito, parar de sentir dor e melhorar minha relação com meu corpo. Hoje eu não vivo sem exercício físico, e dedico pelo menos 1h do meu dia a isso.
O que esse exemplo bobo tem a ver com a nossa teoria do gênio?
Que nem sempre a ação feita naquela hora do seu dia é exatamente o que você manda bem. Afinal, eu continuo não tendo a melhor performance do mundo, e não serei atleta profissional nunca rs.
Mas durante o exercício, eu aplico um talento oculto, uma característica minha, que faz com que eu use minha “genialidade” nesse momento. E que faz com que eu passe a amar esse tempo do meu dia.
No meu caso, a minha zona de genialidade não está no fato de eu gostar ou não de esportes, mas sim da sensação que eu fico ao cumprir minhas metas. Saio do treino realizada, e tenho melhorado constantemente. Portanto, uma das minhas habilidades únicas é a disciplina e obsessão por resultados.
Qualquer outra tarefa da minha vida que eu puder aplicar essas características, famosas soft skills, eu provavelmente vou entregar um bom resultado e sair feliz dali. Desde que sejam em áreas que eu me realize fazendo.
Só ter uma meta e buscar atingi-la resolve minha vida? Não, porque eu sei que não é só a meta pela meta. Aqui entra uma questão mais interna que são meus valores, e como eu torno-os presentes no meu dia a dia (as tais paixões).
Para mim, bem estar, saúde e realização são valores que eu não abro mão. Por isso, implementar minha habilidade de disciplina em tarefas que gerem uma dessas três coisas, para mim e para os outros, é a minha zona de genialidade.
Fazer coisas que precisem dessas minhas características são onde eu realmente me destaco.
Consequentemente, todas as minhas frentes profissionais, hoje, tem a ver com isso. E eu, realmente, me sinto realizada.
Eu sei que não é nem um pouco simples. Foram anos de estudo, teste e aprendizado. Mas eu quero muito te ajudar a chegar onde eu cheguei. E foi por isso que eu criei o método de mentoria AutoGrowth, que aplica os fundamentos do Growth Hacking na nossa própria carreira.
Tenho mentorias individuais, e também em grupo - e a parte boa é que tem uma nova turma começando em janeiro de 2024. Basta se inscrever abaixo para garantir sua vaga (mas são poucas, então corre 🏃♀️):
E se o método funciona? Com certeza. Esse são só alguns dos depoimentos:
Lembre-se: a clareza sobre como você gasta sua energia é fundamental para alcançar resultados extraordinários. Ao encontrar sua genialidade e direcionar sua energia para ela, você estará no caminho certo para brilhar no que faz. Não desperdice sua energia em atividades que não o impulsionam, concentre-se naquilo que faz seu olho brilhar e se destaque cada vez mais.
Conte comigo para te ajudar a chegar lá.
Abraços, e até semana que vem! 😉
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Texto sensacional! Parabéns Thais 👏