💬 AG Stories #5 | Da paixão pela internet ao empreendedorismo, com Eric Nascimento
Vem ver como a curiosidade, a habilidade de se relacionar e a tecnologia transformaram o Eric num empreendedor de sucesso
👋 Sou a Thais Sterenberg, e essa é a edição #32 da news AutoGrowth.
Aqui eu compartilho os principais “hacks” para acelerar seu crescimento profissional.
Se você chegou agora, inscreva-se assim como os outros 686 leitores que já usam técnicas de Growth para acelerarem suas próprias carreiras.
💬 Esse é o quadro AutoGrowth Stories. Todo mês, vou te trazer histórias de sucesso de pessoas reais. De uma forma ou de outra, elas passaram pelas etapas do método AutoGrowth, e alcançaram seus objetivos, assim como eu.
📊 AutoGrowth = 🧠 Autoconhecimento + 🎯 Autoconfiança + 🎙 Autoridade
💬 Conheça Eric Nascimento: autodidata, gente boa e empreendedor de sucesso
O Eric é aquela pessoa que você conhece e simpatiza logo de cara. Sempre com um sorriso no rosto, interessado e disposto a aprender e ajudar.
Aí você o conhece um pouco melhor e descobre o mega empreendedor de sucesso que ele é.
Gambiarreiro profissional, comunicador, tech-nerd e criativo, essas são as características que eu acredito que o levaram ao sucesso: Eric é sócio do Estúdio Sync, uma agência de marketing renomada no Rio de Janeiro.
Ele tem uma característica rara nos empreendedores com quem eu converso: é muito humilde e genuinamente disposto a contribuir, independentemente se aquilo é o foco dele.
Essa facilidade de se relacionar com as pessoas e se destacar pelas suas habilidades faz com que o Eric seja alguém que você quer ter sempre perto, como amigo e inspiração.
Quer conhecer a história de sucesso dele?
Então acompanha aqui nossa entrevista 👇
💬 Me conta, quem é Eric Nascimento, e o que te fez chegar até aqui?
Sou Eric Nascimento, sócio da Estúdio Sync, agência de marketing e performance com 13 anos de existência. Entre nossos clientes, estão: Tardezinha (Thiaguinho), Salgueiro (escola de samba), Sesc, Senac, Cobasi, Liveup, Cabofolia, Camarote Rio, e por aí vai...
Me dedico a vida inteira ao mercado digital. Desde os meus 15 anos (lá nos anos 2000) já programava e desenvolvia meus sites. Eu sempre tive esse espírito meio nerd + hacker + autodidata… rs.
Depois de passar por algumas agências, trabalhando em projetos de marcas como Comitê Olímpico Brasileiro, Fashion Rio, campanha presidencial da Marina Silva e outros, recebi o convite para me tornar sócio da Sync.
💬 A Sync não é sua única empreitada, certo? Você tem outros negócios?
Quando completamos 10 anos de Sync, em fevereiro de 2020 (às vésperas do boom do COVID), eu passei por um problema de saúde que mexeu muito comigo.
Uma infecção cerebral grave que me deixou em coma, com um quadro que os médicos diziam que se eu saísse vivo, sairia cheio de sequelas. Graças a Deus eu me saí bem, sem sequelas, depois de algumas semanas de UTI e tratamento.
Depois disso, acabei passando por um processo forte reflexão interna, sobre a vida como um todo. Quando retornei ao trabalho, um dos pensamentos que tinha era:
“O que eu quero para daqui 10 anos? Eu quero me manter fazendo o mesmo que eu faço e fiz nesse último período?”
Curiosamente, eu estava lendo o livro Princípios, do Ray Dalio, nessa mesma época. E é um livro que inclusive indico a todos.
Em diversos trechos, ele comenta sobre “O pensamento de nível superior”, que é a capacidade de você se olhar de fora a fim de enxergar tudo de maneira mais ampla, te auxiliando a ter mais objetividade, e clareza sobre uma possível mudança.
A natureza do negócio agência é realmente de não ser escalável. Para cada X novos clientes que entram, naturalmente você deve contratar mais recursos para dar suporte a demanda. E está tudo bem sobre isso.
Mas uma pergunta que eu me fazia era:
“Se nós criamos tantas coisas legais no universo digital ao longo desses 10 anos para nossos clientes, porque não termos outras frentes de negócio, mas que sejam negócios que tenham escala?
Compartilhei isso com meus sócios, e decidimos começar a investir em outros negócios que tivessem fit com o que já fazíamos até então.
O ponto de partida foi olhar para as principais dores dos nossos próprios clientes e pensar em como essas dores poderiam ser resolvidas por uma nova vertical de negócio.
A partir disso, nos tornamos sócios da Justify, uma startup que aproxima quem tem algum problema jurídico com advogados disponíveis para atender o caso, e também da Click2Play, uma plataforma que auxilia as rádios do Brasil a criarem e manterem seus apps de maneira fácil e prática.
No final de 2023, criamos a Event Boss, uma plataforma online voltada para o mundo do entretenimento, com foco em ajudar empresários e escritórios artísticos a terem acesso a informações relevantes para seus negócios, auxiliando na tomada de decisão, e consequentemente destravando uma série de alavancas que resultam na melhoria da eficiência operacional, redução de custos, aumentando da receita e lucratividade.
💬 Você sempre soube que tipo de carreira queria trilhar?
Eu fui muito ligado ao esporte. Fui nadador profissional até meus 17 anos, e até hoje a natação faz parte do meu dia a dia. Levo comigo muitas habilidades e comportamentos que o esporte competitivo me trouxe, como resiliência, disciplina e constância.
Inclusive, foi graças ao esporte e aos meus resultados, que eu pude estudar em uma boa escola e cursar na faculdade como aluno bolsista.
Como eu comentei, sempre fui meio nerd e autodidata, então eu comecei a estudar e desenvolver meus sites e blogs no início dos anos 2000, com 15 ou 16 anos.
Acredite, isso não era muito comum para a época. Para se ter uma ideia, o Orkut foi criado em 2004 e o Fotolog em 2002.
Tudo começou quando, sem grandes pretensões, eu fiz um site para a minha turma do colégio, que acabou tendo repercussão. Ele era uma forma dos alunos acompanharem as novidades da escola, expressarem opiniões, postarem fotos, calendários de provas e etc.
Chamei a atenção da diretoria e recebi homenagens pela iniciativa, dei até entrevistas para os jornais da cidade.
Nessa época, eu não tinha muita noção do mercado. Eu só tinha a certeza eu eu queria trabalhar com algo relacionado a Internet. E era uma preocupação constante, pois eu sabia que ao término do 2o grau, eu estaria “desempregado”.
Aos 17, com o relacionamento que conquistei com os professores e diretores, eu fui me mexendo, tentando alguma forma de entrar no mercado. Conheci o gestor do departamento Web de lá, Cyro Neto. Implorei por um estágio, mas além do fato de eu ainda ser menor de idade, a vaga em si também não existia.
Anos se passaram, o mundo deu voltas, e o Cyro foi a pessoa que me convidou a ser sócio da Sync muitos anos depois.
Voltando aos 17, por fim, com a ajuda de uma professora querida, consegui um estágio no laboratório de informática, e assim eu iniciei minha carreira, ajudando a desenvolver sistemas internos, mas também limpando mouses (que eram de bolinha na época), formatando computadores e auxiliando em outras questões operacionais da área.
Na época da escolha de qual faculdade fazer, quando se falava em internet/tecnologia, era natural o pensamento em áreas como Ciência da Computação e Análise de Sistemas.
Mas eu entendia o potencial da internet como um veículo incrível de comunicação. Acabei optando pelo curso de Comunicação com habilitação para Publicidade, e acreditem, o tema Internet praticamente foi nulo ao longo do curso.
E não era um problema somente da faculdade que eu estudava, a maioria das instituições de ensino não atualizavam suas grades na velocidade que o mercado acontecia. Isso me trouxe o ímpeto de correr atrás de outros conhecimentos, cursos etc.
E na época não tinha Youtube, que só foi criado em 2005…
💬 Você planejou sua carreira para chegar onde chegou?
Não. O mercado era muito incipiente, não tínhamos muitos cargos como temos hoje, era a época do “Webmaster” e do “Webdesigner”, termos que nem se usam mais.
Ainda na época do estágio, eu criei paralelamente um site chamado SaquaOnline. Era um guia online da cidade de Saquarema, conhecida como a capital nacional do surf.
Foi um dos portais mais acessados da região dos lagos por muitos anos. Cobria eventos, festas e acontecimentos na cidade.
Não existia celular com câmera, nem tela touch, eu tinha uma câmera Canon A100 de incríveis 1.2 megapixels hahaha. O iPhone só foi criado em 2007.
Na mesma época, uma amiga do trabalho me indicou para o seu cunhado, Beto Vieira, que trabalhava em uma agência no centro do Rio. Me apresentou como um garoto nerd que estava ali fazendo coisas interessantes na internet e queria que ele me conhecesse. Assim, eu iniciei no mercado de agência.
Veja, nunca fui realmente intencional para construir networking, mas sou bom de construir relacionamentos. E isso fez total diferença na minha carreira.
Anos se passaram, o mundo deu voltas, e hoje, esse mesmo Beto Vieira, é o nosso diretor de criação, e está conosco desde a fundação da Sync.
💬 O que você acha que foi imprescindível para chegar até aqui?
→ Primeiro: a inquietude de querer sempre aprender mais, se desenvolver, crescer como pessoa e profissional.
Existe um discurso do Steve Jobs em que ele cita stay hungry, stay foolish (continue com fome, continue tolo). E que é justamente isso, de sempre buscar mais, se esforçar mais, buscar alternativas mesmo que encontre pedras no caminho.
Quem me conhece, sabe o quanto eu pesquiso, estudo, leio, para resolver/entender determinada questão ou problema.
Para mim, não existe o “não sei”.
Existe o “não sei, vou pesquisar e entender um pouco mais sobre isso”.
→ Segundo: A habilidade de conectar os pontos.
Até hoje, eu vejo como é essencial “conectar os pontos” que a vida lhe apresenta. Por muitas vezes, as oportunidades estão a nossa frente (fruto de decisões anteriores), e as pessoas não estão abertas (ou preparadas) para receber/se conectar com os pontos e dar um próximo passo. E falo isso não só no âmbito profissional, mas em todas as esferas da vida.
→ Terceiro: “Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade”, dizia Sêneca.
Eu nunca vi tanto sentido nessa frase. A oportunidade vai aparecer, mas se você não estiver preparado, de nada vai adiantar.
→ Quarto: “Escolhas fáceis, caminho difícil. Escolhas difíceis, caminho fácil”. Naval Ravikant.
As pessoas geralmente querem atalhos, resultados rápidos, chegar onde o outro chegou num estalar de dedos.
E na verdade, a vida é um processo individual, onde cada um tem seu tempo e seus desafios. E a melhor comparação é olhar para você mesmo.
Seus feitos, suas conquistas, onde você estava, onde você está hoje, o quanto você progrediu e onde você quer chegar.
Onde você estava há 10 anos atrás? O quanto você conquistou, viajou, viveu, aprendeu, ajudou, criou, se desenvolveu, nesse período?
Faço essas reflexões constantemente. Terapia, meditação e mentoria incluindo AutoGrowth da Thais Sterenberg, são excelentes caminhos para enxergar melhor a sua história, se desenvolver e planejar os próximos passos. Super indico inclusive.
→ Quinto: Esteja próximo de pessoas que te façam evoluir, que elevem o seu sarrafo.
Muitas vezes, as pessoas que te auxiliaram a chegar no ponto que você se encontra, não serão as mesmas que lhe ajudarão a dar o seu próximo passo. E está tudo bem quanto a isso.
Cursos, treinamentos, comunidades como o GLA do Gabriel Mineiro e do Rafa Dias são excelentes formas de você ter contato com pessoas incríveis, se colocar em uma zona de desconforto, aprender, criar networking, ajudar outras pessoas, compartilhar conhecimento e crescer.
Parafraseando Bruno Nardon, “não existe crescimento na zona de conforto, e não existe conforto na zona de crescimento.”
→ Sexto: Mas não menos importante. Humildade.
Eu não sei nada. E cada vez mais, percebo o quão pouco sei. Sou um eterno aprendiz, e isso faz toda a diferença.
💬 Você se sente realizado profissionalmente?
Sim. Vivemos em um país onde a maioria das empresas que nascem, quebram nos primeiros 5 anos, isso é assustador.
Empreender e manter uma empresa viva e rentável por 13 anos é realmente um feito de se comemorar.
Sou muito grato também aos meus sócios Cyro Neto e Leandro Amorim por essa jornada que vivemos, me orgulho muito pelas várias pessoas que impactamos e pelos resultados que geramos para os nossos clientes.
E eu também já tenho meus próximos passos planejados. Agora vou sair da liderança da área de Performance e Marketing da Sync, e focar no desenvolvimento de novos negócios e verticais que estão sendo criadas.
💬 O que você recomenda para quem quer crescer na carreira?
Falando por mim, empreender é um sonho. Nunca foi pelo dinheiro.
Me realizo quando conto cases da Sync, por ter a oportunidade de trabalhar com pequenas e grandes marcas, executar ações e campanhas trazendo resultado para os nossos clientes. É o que nos move até hoje.
Quem entra no empreendedorismo apenas focado no dinheiro e não no benefício que o seu negócio gera para a sociedade ou para outras empresas, na minha opinião, está fadado ao fracasso.
Então acho o primeiro passo é se perguntar: Porque você faz o que faz?
E para “crescer empreendendo”, eu diria algo que eu demorei para ter a percepção e implementar: não saia que nem um louco, consumindo tudo que é curso, treinamento, livros e etc.
Identifique qual a sua dor: onde estão os furos no casco? Qual a alavanca de crescimento que você quer explorar? A partir disso, aí sim, estude, leia, converse com pessoas do mercado que já passaram por isso, absorva tudo que você possa em relação a como outras pessoas resolveram e passaram por aquela dificuldade que você está passando.
Isso será um loop infinito. Porque sempre teremos algo para medir e melhorar nos negócios que atuamos.
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