Produtividade sem frustração: a real por trás da construção de hábitos
Essa edição tem a participação especial de Pedro Fernandes, Diretor de Growth da Baruel
👋 Olá! Sou a Thais Sterenberg, e aqui na news AutoGrowth compartilho os principais “hacks” para acelerar seu crescimento de carreira.
Confira a última edição:
Conheça minha fórmula para tomar boas decisões de carreira
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Aqui na news, eu falo sobre o que eu mesma aprendi a fazer ao longo da carreira e que me gerou resultados e crescimento. Meu propósito é ensinar o que mais fez diferença para mim.
Mas hoje o tema é algo que eu ainda estou trabalhando para melhorar cada vez mais: organização e produtividade.
Conhecendo bem meu perfil, sou muito mais executora e comunicadora, do que planejadora e analítica (deixo aqui um link para você conhecer melhor sobre perfis comportamentais, caso não conheça).
Meu perfil me ajuda muito a construir networking e autoridade e fazer ideias virarem realidade. Mas o lado não tão bom é que muitas vezes eu me atropelo no caminho, e quando vejo estou lotada de trabalho e, inclusive, bem estressada.
Percebi que tenho hábitos que prejudicam a minha organização, como anotar tarefas em qualquer lugar, me perder em diversos assuntos, querer resolver tudo ao mesmo tempo… Isso prejudica minha produtividade e até minha saúde mental.
Como sempre faço, fui atrás da minha rede para buscar alguém que pudesse me ajudar nessa minha luta eterna com ferramentas de tarefas, metodologias mirabolantes e com a ansiedade que isso me gera.
Encontrei o Pedro Fernandes, Diretor de Growth na Baruel. Além dessa posição executiva em uma companhia sólida, ele também se tornou especialista na construção de hábitos para uma vida mais saudável e produtiva.
Por meio de estudos e testes na sua própria rotina, ele conseguiu adotar novos comportamentos - além de eliminar hábitos antigos que não o ajudavam a alcançar seus objetivos.
A primeira coisa que eu descobri, logo que a gente se conheceu, é que eu não sou tão ruim assim na construção de bons hábitos (ufa! sempre bom reconhecer algo positivo, né?)
Percebi que eu mesma já fiz mudanças consideráveis na minha vida, que foram 100% pautadas na transformação de hábitos ruins em novos, muito melhores.
Alguns exemplos:
Há alguns anos, passei por um processo de emagrecimento que transformou completamente minha relação com a minha alimentação e com o esporte (que eu odiava, inclusive). Conversando com o Pedro, percebi que, sem dúvida, ali eu usei várias técnicas de construção e transformação de hábitos para fazer acontecer, mesmo sem saber.
E aí me veio um primeiro insight: quando eu tenho um objetivo muito claro e alinhado com meus valores, a mudança de hábitos fica muito mais fácil e natural.
Aconteceu a mesma coisa quando estruturei o AutoGrowth, minha metodologia de aceleração de carreira: algo na minha própria carreira me incomodava, então defini um objetivo e comecei a me movimentar para alcançá-lo. Para isso, foi preciso abandonar antigos hábitos e “zonas de conforto”.
Como você pode perceber, as conversas com o Pedro já foram extremamente valiosas só por me fazerem perceber esses importantes insights.
O problema é que, mesmo depois de entender que eu já tinha feito tudo isso por meio da transformação de hábitos, eu percebi que não fazia ideia de como replicar para outras áreas da minha vida.
Foi aí que o Pedro me deu uma verdadeira aula prática que já começou a transformar minha relação com os hábitos e, consequentemente, minha carreira e qualidade de vida.
Quero trazer esse conteúdo para você, e é por isso que eu chamei ele para ser co-autor da edição de hoje.
Pedro, por que as pessoas têm dificuldade para criar bons hábitos?
Existem vários motivos, além das particularidades de cada indivíduo. Mas buscar os motivos que nos levaram a ter os comportamentos e hábitos atuais (sejam eles bons ou ruins) é uma tarefa inglória - e sem efeito prático algum.
Por muito tempo, busquei essa resposta; até entender que é mais relevante saber como criar, evitar ou alterar comportamentos e hábitos. É aqui que temos o controle para realizar qualquer mudança e evolução.
Me aprofundei no tema através de estudos e muito teste empírico. Testes que realizei na minha rotina, na minha vida. Realmente mergulhei de cabeça. Percebi o que funcionava (e o que não funcionava) para mim. Aconselhei colegas e realizei mentorias, que reforçaram boa parte do que experimentei.
E esses dois exemplos foram consequências diretas que a mudança de comportamento e hábito me causou:
Eu queria emagrecer, mas tive muita dificuldade. Associado a uma dieta comum, mudei hábitos em torno da alimentação e exercícios, chegando a perder mais de 15 quilos de forma consistente e sustentável. Quilos que nunca mais recuperei!
Todos os dias, acordava atrasado para ir ao trabalho ou levar meu filho para a escola. Hoje, acordo antes das 5h30 todos os dias, com tempo de sobra para as práticas matinais que me fazem conectar comigo e com o restante do meu dia. Disposição e energia aumentaram consideravelmente.
O que tenho observado (e vivido) é que o problema está na forma como as pessoas tentam mudar seus comportamentos e hábitos. A forma comumente não é a melhor e o resultado é quase sempre o mesmo: um ciclo que chamo de Ciclo da Frustração.
Veja como o Ciclo acontece (acompanhado de um exemplo):
A pessoa define uma aspiração, um sonho. Algo realmente grande e desejado. Até aqui, tudo certo.
Por exemplo: se tornar mais produtivo.
Aqui, é onde está o problema: definimos ações extremamente ambiciosas, que nos levariam à aspiração/sonho desejado. Temos a crença de que, quanto maior a ação, mais rápido alcançaremos nossos objetivos.
Seguindo o exemplo, seria algo como: “anotar todas as minhas tarefas, diariamente, em uma novo app ou ferramenta”.
Tudo vai bem no início, até o menor abalo em nossa motivação. A primeira falha surge. Momentaneamente, deixamos de agir de acordo com as ações que estabelecemos.
No exemplo, é aquele dia que não conseguimos revisar e anotar todas as tarefas como gostaríamos. Seja por excesso de trabalho, um dia que acordamos mais tarde (ou com compromissos pessoais que priorizamos).
Falhas são normais, mas quando constantes, têm um efeito avassalador: afetam a nossa auto-estima e a motivação. A sensação de fracasso e a culpa começam a ganhar forma. Colocamos todo o peso em nossas costas. Em certos casos, desistimos e deixamos de acreditar que somos capazes de alcançar aquele sonho ou aspiração desejada.
É aquele momento que pensamos “agora que já me perdi na organização das tarefas, vou desistir de vez” ou “acho que não consigo ser tão produtivo mesmo”.
O fato é: ciclo da frustração comumente nos leva a desistência no médio/longo prazo.
E como quebrar esse ciclo?
Comece pequeno. Mantenha a consistência. E mude aos poucos.
O principal gatilho para o Ciclo da Frustração acontecer são as ações ambiciosas e ousadas. Portanto, nada melhor do que começar pequeno. Pequeno mesmo.
Você leu só um livro inteiro no último ano. Ao invés de definir a meta de ler 12 livros no ano seguinte, por que não se comprometer a ler 2 páginas por dia?
Sim, é só isso. Duas páginas por dia. Ao invés de definir uma meta longa, como ler livros inteiros, comece pequeno e simples. Com pequenas metas que facilmente podem ser cumpridas.
Esporadicamente, você medita por 10 minutos. Você gosta e sente que isso te faz bem. Reduz seu estresse. Porém, meditar por uma hora todas as manhãs, pode ter o efeito oposto: frustração, culpa e mais stress.
Então, porque não começar meditando 3 minutos por dia?
Quando começamos pequeno, executar as ações se torna muito mais fácil. O senso de realização é maior. As emoções envolvidas nesse momento tornam o ciclo positivo. Você vai desejar cumprir suas metas diariamente. E você ganha algo ainda mais relevante nessa jornada: a consistência de executar suas ações no tempo que você decidiu.
Consistência é realizar algo com frequência regular. Para produtividade, isso se traduz em realizar frequentemente algum comportamento, até que ele se torne um hábito.
O ponto aqui é: A consistência supera a intensidade.
De nada vale acordar duas horas antes do habitual em um dia, se na manhã seguinte você estará desesperado por estar acordando - novamente - atrasado para os seus compromissos.
Quer outro benefício? Definir ações pequenas aumentam as chances de superá-las!
Se sua meta é ler duas páginas por dia, quando você ler três páginas, estará superando a sua meta. A sensação de conquista e vitória é ainda melhor. O ciclo se torna ainda mais positivo.
E nos dias que você se sentir desmotivado, de mau humor, sem tempo ou com outras prioridades, realizar a ação original, pequena, continua sendo viável. Ou seja, você evita o Ciclo de Frustração.
Não tenha vergonha de começar realmente pequeno…
Veja o exemplo de B.J. Fogg, pesquisador e cientista comportamental da Universidade de Stanford e autor do livro “Micro-hábitos: As pequenas mudanças que mudam tudo”.
O autor tinha sérias dificuldades em usar fio dental diariamente. Sentia-se frustrado por isso, mesmo sabendo que era importante para a sua saúde.
Até o dia em que ele decidiu reduzir drasticamente a sua meta: passar o fio em apenas um dente, diariamente. Era fácil demais para ser verdade. E o ciclo se inverteu, transformando-se em algo positivo, com mais realizações e conquistas. Hoje, ele usa o fio dental diariamente - em todos os seus dentes 😬.
Um de cada vez:
A raiz para desenvolver qualquer hábito está na consistência. E começar pequeno nos dá artifícios para ganhar essa consistência.
Você pode usar isso para as ações voltadas à sua saúde, alimentação, esporte e, é claro, para desenvolvimento pessoal.
Mas mude aos poucos: defina um novo hábito por vez. Não crie 10 novos e pequenos hábitos. Você não vai conseguir segui-los de uma só vez. Escolha poucos novos hábitos e foque no prioritário e, quando eles estiverem consolidados, acrescente outros.
Dica extra: registre seus hábitos, para registrar suas micro-conquistas
Registre seus novos hábitos em algum local. Eu utilizo o app Loop - Acompanhados de Hábitos. Assim, você acompanha as suas conquistas diárias, analisa quais hábitos estão mais enraizados na sua rotina e faz mudanças necessárias para adquirir novos hábitos. O app ainda conta com interface simples e bons features na versão gratuita.
Menos é mais!
Assim como disse o Pedro acima, esse aqui virou meu mantra:
Comece pequeno, mantenha a consistência e mude aos poucos.
Depois de entender a fundo como os hábitos funcionam, percebi que é muito mais simples do que parece. Com a estratégia que abordamos aqui, você provavelmente terá sucesso.
Até porque, não adianta a gente te passar uma série de técnicas e ferramentas que só vão te causar ansiedade, e não transformação.
Agradeço ao Pedro Fernandes por contribuir com sua experiência e sabedoria nesse artigo.
Quer saber mais? Vocês podem contatá-lo pelo LinkedIn e por e-mail: pedrohff@gmail.com
Espero que esses insights sobre comportamentos e hábitos transformem sua vida tanto quanto estão transformando a minha.
Abraços,
Thais Sterenberg
Eu tenho muita clareza de que o melhor caminho para crescer é saber quando procurar ajuda para alavancar pontos que não conseguimos resolver sozinhos.
Foi o que eu fiz quando procurei o Pedro para me ajudar na minha rotina e produtividade.
Por isso, quero te apresentar minha metodologia de crescimento de carreira focada nos princípios do Growth Hacking:
📊 AutoGrowth = 🧠 Autoconhecimento + 🎯 Autoconfiança + 🎙 Autoridade
A próxima (e possivelmente última) turma acontece em janeiro, e a pré-venda já começou.
Inscreva-se aqui e vou te chamar pessoalmente para te contar os detalhes.