Retrospectiva 2023: larguei 10 anos de CLT para empreender?!
Calma, não foi bem assim...
👋 Sou a Thais Sterenberg, e essa é a edição #28 da news AutoGrowth.
Aqui eu compartilho os principais “hacks” para acelerar seu crescimento profissional.
Se você chegou agora, inscreva-se assim como os outros 642 leitores que já usam técnicas de Growth para acelerarem suas próprias carreiras.
Se você me acompanha no LinkedIn, viu que semana passada fizemos o primeiro evento aberto da minha comunidade, o Mulheres de Growth.
Esse evento foi um grande marco para mim - ele estava nas minhas metas para 2023 desde que defini elas, 12 meses atrás.
Representou mais que uma meta atingida, foi um reforço de que tomei a decisão certa esse ano:
Saí de uma posição de Sr. Manager no QuintoAndar, encerrei um ciclo de 10 anos como CLT para empreender.
Falando nisso… essa é uma das pautas que mais apareceu no evento, e que sempre aparece no grupo.
Os comentários mais comuns são:
Sempre quis empreender, mas não tenho coragem
Não estou pronta para empreender agora, mas tenho medo de depender só da fonte de renda do meu trabalho
Acho que prefiro estar ao lado de alguém que tem as ideias, e eu estruturo o caminho, do que estar a frente do negócio… será que é insegurança?
Não consigo manter consistência nos meus projetos paralelos
Empreender é uma palavra bonita, e todo mundo quer viver o lado bom que ela carrega.
Potencial de ganhar mais dinheiro, e mais rápido…
Ser dona da sua rotina e ter liberdade para tomar suas próprias decisões…
Tudo bem lindo e romântico, né?
Eu vejo muita gente que toma decisões com base nessa equação:
Desconforto no cenário atual (não estou feliz com meu trabalho)
+
Idealização de um novo cenário (quero empreender e ser livre, ou quero mudar de emprego)
↓
Geralmente essa pessoa continua frustrada
Antes de tomar qualquer decisão, vamos desmistificar o empreendedorismo!
Como me tornei empreendedora
Não, eu não acordei um dia e decidi largar meus 10 anos de CLT para empreender.
Foi em 2018, 5 anos atrás, que eu comecei a empreender.
Me juntei a uma amiga e abrimos uma consultoria como projeto paralelo, mas ainda estava longe de me reconhecer empreendedora.
Em 2019, dei mais um passinho nessa direção, ao aceitar uma vaga como primeira colaboradora de Marketing/Growth de uma startup (na época, com 4 pessoas).
Essa vaga tinha um vesting, e em 2020, me tornei sócia e CMO da empresa, mas ainda com contratação CLT.
Foi em 2021 que finalmente me entendi como empreendedora.
Tanto com relação a ter meu negócio (mesmo que no paralelo), quanto como líder e intraempreendedora na empresa onde eu era sócia.
Inclusive, se você já me acompanha há algum tempo, sabe que eu sempre recomendo que você coloque seus pensamentos no papel.
Isso ajuda a clarear a mente e tangibilizar aprendizados.
Foi quando escrevi esse texto, há 2 anos, que entendi de verdade o que era empreender, para mim.
Mas o que é empreender, afinal?
Essa é, na minha visão, a melhor definição de “empreender”:
É a capacidade de projetar novos negócios ou de idealizar transformações inovadoras ou arriscadas em companhias ou empresas, assim como uma vocação, aptidão ou habilidade de desconstruir, de gerenciar e de desenvolver projetos, atividades ou negócios.
Empreender é, na essência, confiar nas suas ideias, na sua capacidade de inovar, e de conseguir colocá-las em prática.
A partir disso, a conclusão que tiro da minha própria linha do tempo é que sempre fui empreendedora, pensando nas minhas ambições, competências e comportamento.
E que, só agora em 2023, eu decidi ser empreendedora também como profissão.
Essa não foi uma das decisões mais difíceis que já tomei.
Esse ano eu escolhi de fato viver do empreendedorismo, e estou sentindo na pele os desafios e prazeres de depender totalmente de mim para gerar minha renda e crescer.
Se você ainda não sabe o que eu faço, conheça o AutoGrowth
Mas tomar essa decisão não foi algo que aconteceu do dia pra noite.
Teve muito autoconhecimento, planejamento, e terapia preparo. Afinal, foram 5 anos ensaiando, testando e aprendendo sobre esse movimento.
E durante esses 5 anos, aprendi lições valiosas sobre como tomar decisões difíceis de carreira (e de vida).
1. Não tome decisões com base no desconforto
Use-o como motivador para a ação.
O que eu quero dizer é que o desconforto (a frustração, cansaço, desânimo, ou a palavra que você quiser usar) podem ser usados como força motivadora para que você repense o seu momento, e o seu caminho.
Mas ele nunca pode ser a razão pela qual você escolhe o próximo passo.
Exemplo clássico: você tá achando seu emprego uma m*rda. Aí consegue trocar por um novo, que você até vai ganhar mais. Passa 6 meses e você começa a viver uma m*rda parecida, só que ganhando um pouquinho melhor.
2. Conheça os seus padrões positivos e negativos
No AutoGrowth, eu trago os conceitos do Growth Hacking aplicados à carreira principalmente quanto ao pragmatismo para olhar pra si, assim como você olha para os dados dos seus clientes.
Ou seja: olhe para o seu passado e aprenda com ele. Quais os padrões que você viveu?
Feedbacks mais e menos ouvidos
Situações mais e menos motivadoras
Resultados mais e menos incríveis
Quais eram os contextos dessas situações? Quais eram as competências que você estava usando em cada uma delas?
Padrões te dão indícios de quais são os caminhos mais passíveis de resultados positivos.
3. Seja pragmático quanto ao que você quer, e não quer
Novamente, o pragmatismo aqui ajuda muito ao colocar seus valores, competências e motivações no papel.
Olhe para eles de forma que eles te ajudem a entender o que você quer para o seu futuro, e o que você aceitaria abrir mão num curto, médio e longo prazo.
Exemplo: se a liberdade é um valor prioritário para você, por quanto tempo você aceitaria abrir mão dela para ter um trabalho presencial, ou híbrido, que vai te pagar um pouquinho melhor?
4. Não se desespere, nada é para sempre
Decisões são difíceis porque geram medo do que é novo. Ficamos inseguros de perder um passado já conhecido e, de certa forma, mais previsível. Ou com medo de errar.
Aprendi que nenhuma fase deve ser vista como um erro ou acerto, e sim como aprendizado.
E que, a partir do momento que você começa a reconhecer quanta coisa você já viveu e construiu no passado, você começa a perceber que de fato, as coisas mudam. As fases mudam.
E o melhor que você tem a fazer, é aprender e cuidar muito bem de cada uma delas.
5. Crie fundações sólidas para a sua carreira
Existem formas de você aumentar a probabilidade de ter um futuro mais previsível, ou pelo menos, com mais chances de prosperar: construindo boas fundações para sua carreira.
Assim como num prédio, o interior dos apartamentos pode sempre mudar, perder valor, ser reformado, aumentar seu valor… mas se o prédio tiver boas fundações, ele não cai.
5.1. 🏛️ Fundação 1: construa uma rede de networking sólida
Tenha pessoas que conhecem o seu trabalho e que você possa acionar para trocar ideias, pedir ajuda, e oferecer ajuda também.
Falo muito sobre networking nesse artigo aqui.
5.2. 🏛️ Fundação 2: aprenda a se vender
Vender é algo que pode vir carregado de preconceito. As pessoas acham que se você vender algo que fez, pode parecer arrogante.
Mas veja, a vida adulta é subjetiva, e sua carreira é regida, na maioria das vezes, pela opinião alheia (do seu chefe e pares no ciclo de avaliação da empresa).
Então, nada mais justo do que aprender a conduzir as pessoas a terem uma boa opinião sobre você. Isso não é manipular ninguém, mas sim saber vender suas ideias.
Falo muito sobre construção de autoridade e marketing pessoal nesse artigo aqui.
Meu recado final para você é: decisões difíceis são complexas mesmo. E não são tomadas do dia pra noite.
Se você está passando por uma recolocação, pensando em empreender, querendo uma promoção, ou se preparando para um novo momento…
A próxima turma da mentoria AutoGrowth vai te ajudar bastante nisso.
As vagas já estão acabando, mas deixo aqui meu convite para você conhecer o programa! Ainda dá tempo…